segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Biografia general Humberto Delgado
Humberto Delgado, conhecido como o "General sem Medo», nasceu a 15 de Maio de 1906, em Torres Novas, filho de um militar republicano.
Frequentou o Colégio Militar, cujo curso concluiu em 1922. Em 1925 entrou na Escola Prática de Artilharia, de Vendas Novas.
Aos 46 anos foi promovido a brigadeiro e aos 47 a general – o mais novo da sua geração. De 1941 a 1943 foi o representante português a estabelecer com o governo inglês os acordos secretos referentes à concessão de bases nos Açores. Durante cinco anos chefiou a missão militar portuguesa em Washington.
Em 1944 foi nomeado director do Secretariado de Aviação Civil. Em 1945 fundou os Transportes Aéreos Portugueses e criou a primeira carreira regular da TAP (Lisboa-Madrid).
Participou nas eleições presidenciais de 1958, contra o almirante Américo Tomás (apoiado por Salazar), reunindo em torno da sua candidatura toda a oposição ao regime. Numa famosa entrevista realizada pelo jornalista Mário Neves em 10 de Maio de 1958, quando lhe foi perguntado que posição tomaria face ao primeiro-ministro António de Oliveira Salazar, respondeu com a célebre frase “Obviamente, demito-o”. Foi a frase de declaração de guerra ao regime. Devido à sua coragem de dizer em público palavras pouco respeitosas e agressivas para o regime e para Salazar, foi cognominado de “General sem Medo”. Esta frase célebre incendiou os espíritos das pessoas oprimidas pelo regime salazarista que o apoiaram e o aclamaram durante a campanha.
Nas eleições presidenciais de 1958 acabou por ser derrotado, tendo contestado os resultados (obteve 25% dos votos expressos, segundo as fontes oficiais).
Em 1959, na sequência da derrota, vítima de represálias por parte da polícia política, pediu asilo político na Embaixada do Brasil, seguindo depois para o exílio na Argélia.
Convencido de que o regime não poderia ser derrubado pelos meios pacíficos, procurou atrair as chefias militares para um golpe de Estado. Este golpe foi executado em 1962 e planeou tomar de assalto o quartel de Beja e outras posições estratégicas e importantes de Portugal. A revolta fracassou.
Morreu assassinado pela PIDE, em Espanha, perto da fronteira de Olivença.
Em 1990, a título póstumo, foi nomeado Marechal da Força Aérea. O seu corpo está, agora, no Panteão Nacional.
Biografia de Salazar
António de Oliveira Salazar, nasceu em 1889 em Santa Comba Dão, uma aldeia de Vimieiro. Era filho de um feitor humilde.
Em 1900, depois de completar os seus estudos na escola primária, António Salazar entrou no seminário de Viseu. Em 1908, o seu último ano lectivo no Seminário, tomou finalmente contacto com toda a agitação que reinava em Viseu. Licenciado em Direito, foi nesta mesma faculdade que lhe e concebido o grau de Doutor, na qual viria a ser professor catedrático. Era conhecido por um homem sério, introspectivo, austero, católico e conservador.
Foi também António de oliveira Salazar, que fundou o centro católico português, em 1917.
Iniciou o seu cargo como ministro das Finanças em 1928, depois de uma revolução, permanecendo neste até 1932.
Foi o político que entre 1932 e 1968 dirigiu os destinos de Portugal, com o cargo de primeiro-ministro. Foi fundador e chefe da União Nacional a partir de 1931. Ele também foi o fundador e principal mentor do Estado Novo, substituindo a Ditadura MIlitar. Também exerceu o cargo de Presidente interino da República, mas somente no ano de 1951.
Em 1968, depois de uma vida dedicada a Portugal, Salazar começou a doenças do foro neurológico, e um dia acabou por cair de uma cadeira causando-lhe hematomas cerebrais que se foram agravando ao longo do tempo, acabando por falecer em 27 de Julho de 1970 em Lisboa.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Tempo da escrita - "Felizmente há luar!"
Tempo da escrita (século XX - 1961)
agitação social dos anos 60 - conspirações internas; principal irrupção da guerra colonial;
regime ditatorial de Salazar;
maior desigualdade entre abastados e pobres;
classes exploradas, com reforço do seu poder;
povo reprimido e explorado;
miséria, medo e analfabetismo;
obscurantismo, mas crença nas mudanças;
luta contra o regime totalitário e ditatorial;
agitação social e política com militares antifascistas a protestarem;
perseguições da PIDE;
denúncias dos chamados "bufos", que surgem na sombra e se disfarçam, para colher informações e denunciar;
censura à imprensa;
prisão e duras medidas de repressão e de tortura;
condenação em processos sem provas.
Tempo da ação/ história - A corte no brasil
Tempo da História (século XIX - 1817)
agitação social que levou à revolta liberal de 1820 - conspirações internas;
revolta contra a presença da Corte no Brasil e influência do exército britânico;
regime absolutista e tirânico
classes sociais fortemente hierarquizadas;
classes dominantes com medo de perder privilégios;
povo oprimido e resignado;
a "miséria, o medo e a ignorância";
obscurantismo, mas "felizmente há luar";
luta contra a opressão do regime absolutista;
Manuel, "o mais consciente dos populares", denuncia a opressão e a miséria;
perseguições dos agentes de Bereford;
as denúncias de Vicente, Andrade Corvo e Morais Sarmento que, hipócritas e sem escrúpulos, denunciam;
censura;
severa repressão dos conspiradores;
processos sumários e pena de morte;
execução do General Gomes Freire.
Elementos simbólicos - "Felizmente hà luar!"
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Saia verde: A saia associa-se à felicidade e foi comprada numa terra de liberdade: Paris. No Inverno, com o dinheiro da venda de duas medalhas. "alegria no reencontro"; a saia é uma peça eminentemente feminina e o verde encontra-se destinado à esperança de que um dia se reponha a justiça. O verde é a cor predominante na natureza e dos campos na Primavera, associando-se à força, à fertilidade e à esperança.
A luz - como metáfora do conhecimento dos valores do futuro (igualdade, fraternidade e liberdade), que possibilita o progresso do mundo, vencendo a escuridão da noite (opressão, falta de liberdade e de esclarecimento), advém quer da fogueira quer do luar. Ambas são a certeza de que o bem e a justiça triunfarão, não obstante todo o sofrimento inerente a eles. Se a luz se encontra associada à vida, à saúde e à felicidade. A luz representa a esperança num momento trágico.
Noite - Simboliza a escuridão, a morte, a tristeza,
O fogo - É um elemento destruidor e ao mesmo tempo purificador e regenerador, sendo a purificação pela água complementada pela do fogo. Se no presente a fogueira se relaciona com a tristeza e escuridão, no futuro relacionar-se-á com esperança e liberdade.
Moeda - Símbolo do desrespeito que os mais poderosos mantinham para com o próximo, contrariando os mandamentos de Deus.
Tambor – representa a presao, o medo, que existia nesse tempo quando chegava a policia.
Caracterização das personagens, "Felizmente Há Luar!"
D. Miguel Forjaz - Prepotente; autoritário; servil (porque se rebaixa aos outros); deixou-se corromper pelo poder.
“Não sou, e nunca serei, popular. Quem o for é meu inimigo pessoal.”
Simboliza a decadência do país que governa;
A hipocrisia e a mesquinhez são as suas principais características;
Enquanto governador de Lisboa, representa o espírito decrépito e caduco que impede
a evolução do país e condiciona a sua existência enquanto nação.
Principal Sousa - Defende o obscurantismo do povo para que os tiranos governem livremente;
Deformado pelo fanatismo religioso;
Desonesto;
Representante do poder eclesiástico.
Beresford - Cinismo em relação aos portugueses, a Portugal e à sua situação;
Trocista e mordaz, despreza o país onde é obrigado a viver;
Oportunista; autoritário; é bom militar;
Preocupa-se somente com a sua carreira e com dinheiro;
Ainda consegue ser minimamente franco e honesto, pois tem a coragem de dizer o
que realmente quer, ao contrário dos 2 governadores portugueses;
Odeia Gomes Freire, não porque o afronte enquanto oficial, mas porque o incomoda
enquanto herói do povo.
Vicente - Traidor para ser promovido;
Acaba por ser um delator que age dessa maneira porque está revoltado com a sua
condição social (só desse modo pode ascender socialmente);
Representa a hipocrisia e o oportunismo daqueles que não olham a meios para atingir
os seus fins;
Reveste-se de um falso humanismo e de uma solidariedade duvidosa, para fomentar
a ira popular contra Gomes Freire.
Manuel - O mais consciente dos populares;
É corajoso;
Representa, metaforicamente, o povo português. Coexistindo com a miséria e a fome,
protagoniza a consciência de um povo vilipendiado pela opressão, manifestamente
impotente para alterar o seu destino.
Sousa Falcão - Representa a amizade e a fidelidade;
É o único amigo de Gomes Freire de Andrade que aparece na peça;
Ele representa os poucos amigos que são capazes de lutar por uma causa e por um
amigo nos momentos difíceis;
Representa a impotência perante o despotismo dos governadores.
Frei Diogo Melo - Homem sério;
Representante do clero;
Honesto – é o contraposto do Principal Sousa.
Matilde de Melo - Representa uma denúncia da hipocrisia do mundo e dos interesses que se instalam
em volta do poder (faceta/discurso social);
Por outro lado, apresenta-se como mulher dedicada de Gomes Freire, que, numa
situação crítica como esta, tem discursos tanto marcados pelo amor, como pelo ódio;
Carácter forte; corajosa perante a vilania;
Recusa a hipocrisia e odeia a injustiça e o materialismo.
Gomes Freire de Andrade - Personagem virtual;
Defensor do povo oprimido;
O herói ;
Símbolo de esperança de liberdade.
Representa, simbolicamente, a integridade e a recusa da subserviência, a sua
capacidade de liderança e os exemplos de coragem na defesa dos seus ideais
remetem para o Portugal do passado, para o período áureo da Nação, que assumia
convictamente a justiça da sua identidade e a veracidade da sua luta pela liberdade.
Populares - Representantes do povo oprimido, sobre o qual era exercida a violência, funcionam como coro. As suas falas denunciam a pobreza e a ironia é a sua arma.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Estrutura Interna e Externa de "Felizmente há Luar!"
Estrutura Externa
•A obra apresenta dois actos, não se encontrando, todavia, dividida em cenas. Referindo-se à organização bipolar da obra, José de Oliveira Barata afirma o seguinte: «Expressando-se dicotomicamente, mas evitando os prejuízos de uma apresentação maniqueísta, Sttau Monteiro transferia para a realidade cénica o verso e o reverso da complexa realidade sociopolítica que o país vivia.»
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Estrutura Interna
•«Felizmente há luar!» evoca uma época histórica em que ocorre um facto também ele histórico e protagonizado por uma figura histórica: a conspiração abortada de 1817 e na qual se destaca o general Gomes Freire de Andrade.
•O conflito da peça nasce da oposição existente entre as “forças do futuro”, cuja figura central e emblemática é o referido General, símbolo da mudança, do progresso, da luta pela liberdade, e as “forças do passado”, representadas por Beresford, Principal Sousa e D. Miguel.
•Verifica-se um paralelismo na construção dos dois actos: ambos iniciam com os monólogos patéticos de Manuel «o mais consciencioso dos populares» e símbolo do povo consciente e crítico. No acto I, as falas subsequentes ao monólogo transmitem informações relativas ao contexto histórico e, posteriormente, no acto II, reiterar-se-ão os aspectos já apresentados anteriormente.
Teatro Épico
O conceito de teatro épico diz respeito a um teatro didático que procura uma distanciação entre personagem e espectador para que este seja capaz de refletir e apreender a lição social proposta. Este conceito é apontado, por volta de 1926, pelo poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956), que opõe ao teatro clássico e tradicional (teatro aristotélico) um teatro narrativo que em vez de suscitar emoções e sentimentos desperta uma atitude crítica.
O teatro épico, proposto por Brecht, contrapõe-se à tragédia clássica para melhor conseguir o efeito social. Enquanto o teatro clássico conduz o público à ilusão e à emoção, levando-o a confundir o que é a arte com a vida real, no teatro épico a "distanciação" deve permitir o envolvimento do espectador no julgamento da sociedade. Por isso, o teatro épico implica comprometimento, crítica contra o individualismo, consciencialização perante o sofrimento dos outros e a realidade social. Deve, na sua tarefa pedagógica, instruir os espectadores na verdade e incitá-los a atuar, alertando-os para a condição humana. O espectador deve ter um olhar crítico para se aperceber melhor de todas as formas de injustiças e de opressões.
Texto dramático
Texto Dramático é constituído por:
•Texto principal composto pelas falas dos actores que é ouvido pelos espectadores;
•Texto secundário (ou didascálio) que se destina ao leitor, ao encenador da peça ou aos actores.
É composto:
◦pela listagem inicial das personagens;
◦pela indicação do nome das personagens no início de cada fala;
◦pelas informações sobre a estrutura externa da peça (divisão em actos, cenas ou quadros);
◦pelas indicações sobre o cenário e guarda roupa das personagens;
◦pelas indicações sobre a movimentação das personagens em palco, as atitudes que devem tomar, os gestos que devem fazer ou a entoação de voz com que devem proferir as palavras;
Acção – é marcada pela actuação das personagens que nos dão conta de acontecimentos vividos.
Estrutura externa – o teatro tradicional e clássico pressupunha divisões em actos, correspondentes à mutação de cenários, e em cenas e quadros, equivalentes à mudança de personagens em cena.
O teatro moderno, narrativo ou épico, põe completamente de parte as normas tradicionais da estrutura externa.
Estrutura interna:
•Exposição – apresentação das personagens e dos antecedentes da acção.
•Conflito – conjunto de peripécias que fazem a acção progredir.
•Desenlace – desfecho da acção dramática.
Classificação das Personagens:
* Quanto à sua concepção:
•Planas ou personagens-tipo – sem densidade psicológica uma vez que não alteram o seu comportamento ao longo da acção. Representam um grupo social, profissional ou psicológico);
•Modeladas ou Redondas – com densidade psicológica, que evoluem ao longo da acção e, por isso mesmo, podem surpreender o espectador pelas suas atitudes.
* Quanto ao relevo ou papel na obra:
•protagonista ou personagem principal Individuais
•personagens secundárias ou
•figurantes Colectivas
Tipos de caracterização:
•Directa – a partir dos elementos presentes nas didascálias, da descrição de aspectos físicos e psicológicos, das palavras de outras personagens, das palavras da personagem a propósito de si própria.
•Indirecta – a partir dos comportamentos, atitudes e gestos que levam o espectador a tirar as suas próprias conclusões sobre as características das personagens.
Espaço – o espaço cénico é caracterizado nas didascálias onde surgem indicações sobre pormenores do cenário, efeitos de luz e som. Coexistem normalmente dois tipos de espaço:
•Espaço representado – constituído pelos cenários onde se desenrola a acção e que equivalem ao espaço físico que se pretende recriar em palco.
•Espaço aludido – corresponde às referências a outros espaços que não o representado.
Tempo:
•Tempo da representação – duração do conflito em palco;
•Tempo da acção ou da história – o(s) ano(s) ou a época em que se desenrola o conflito dramático;
•Tempo da escrita ou da produção da obra – altura em que o autor concebeu a peça.
Discurso dramático ou teatral:
•Monólogo – uma personagem, falando consigo mesma, expõe perante o público os seus pensamentos e/ou sentimentos;
•Diálogo – falas entre duas ou mais personagens;
•Apartes – comentários de uma personagem que não são ouvidos pelo seu interlocutor.
Além deste tipo de discurso, o tecto dramático pressupõe o recurso à linguagem gestual, à sonoplastia e à luminotécnica.
Intenção do autor - pode ser:
•Moralizadora;
•Lúdica ou de evasão;
•Crítica em relação à sociedade do seu tempo;
•Didática.
Formas do género dramático:
•Tragédia
•Comédia
•Drama
•Teatro Épico.
Outras características:
•Ausência de narrador.
•Predomínio do discurso na segunda pessoa (tu/vós).
Vida e Obra de Sttau Monteiro
Luís Infante de Lacerda Sttau Monteiro, mais conhecido entre nós por Luís de Sttau Monteiro, nasceu em Lisboa a 3 de Abril de 1926 na Rua de Liverpool, facto que mais tarde aproveitará para brincar, dizendo:"Sou tão estrangeiro que até nasci na Rua de Liverpool".
Filho de jurista, professor catedrático e diplomata, Armindo Monteiro, e de uma senhora da confluência da nobreza espanhola e portuguesa, teve junto da família uma infância e juventude onde os problemas económicos não se colocavam.
Com apenas dez anos de idade, o pai foi nomeado embaixador em Inglaterra, deslocando-se assim para Londres, onde viveu até 1943, altura em que salazar o demite do cargo por ser simpatizante do regime inglês. A estada em Londres exerceu forte influência na personalidade de Sttau Monteiro e, consequentemente, em toda a sua vida e obra.
Aí teve o primeiro contacto com a dura realidade da guerra pois, na altura, Inglaterra era o palco da Segunda Guerra Mundial. É desta época que remonta o seu repúdio pelo horror das guerras, não compreendendo os espíritos mesquinhos que as comandam.
De volta a Portugal, estuda num colégio de Jesuítas em Santo Tirso, do qual é expulso, e continua os estudos no Liceu Pedro Nunes. Apesar do seu gosto pela matemática, a influência dos familiares leva-o a seguir as pegadas de seu pai tirando, assim, o curso de Advocacia na Faculdade de Direito de Lisboa. Contudo, não se sente realizado e, por isso, é breve a sua passagem pelo Direito.
O fascínio por Londres e por tudo o que lá aprendeu mantém-se bem vivo. Por isso, resolve voltar a esta cidade onde casa com uma senhora inglesa e se torna corredor de Fórmula 2. Dedica-se também à pesca e à gastronomia.
De novo em Portugal e incentivado por autores como José Cardoso Pires, começa a escrever para o Almanaque em 1960, sob o pseudónimo de Manuel Pedroso. Esta data representa um marco fundamental na carreira literária de Sttau Monteiro. Data de 1960 o seu primeiro romance, Um homem não chora. No ano seguinte, escreve Angústia para o jantar e o drama Felizmente há Luar!, que lhe valeu os primeiros Grandes Prémios de Teatro da Sociedade Portuguesa de Escritores da Fundação Calouste Gulbenkian. A estes se seguiram outros textos, sobretudo dramas, que confirmaram as suas qualidades como escritor.
Para além deste faceta, foi um conhecido jornalista, publicitário e gastrónomo.
Foi durante longos anos colaborador do Diário de Lisboa, Diário de Notícias e O Jornal. Em 1982 viu a sua novela Agarra o Verão Guida, Agarra o Verão dar origem à telenovela Chuva na Areia. Tornou-se conhecido do grande público, através da sua participação no concurso televisivo A Cornélia, no qual fazia de júri.
Foi este grande homem multifacetado, de espírito irreverente e combativo, cultivando uma grande paixão pela vida, que Lisboa viu desaparecer, precocemente, a 27 de Julho de 1993.
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